Por Krista Hund
Posta Restante
A posta de Bernd nunca chegou. A pergunta de Kathe restou.
Friday, January 2, 2015
Sunday, April 27, 2014
Resposta 15. A história de Käthe e Bernd traduzida na canção de Chico Buarque "Futuros Amantes"
Orientações:
1. Primeiro ponha play no vídeo e ligue o som.
2. Clique em seguida na imagem abaixo.
Por Paulinho e Cida
Monday, April 21, 2014
Resposta 14. Posta recebida
DESTINATÁRIA
CARTA
Cartão postal de Veneza:
data: 20-03-1939
Querida Käthe,
para você uma cordial e saudadosa lembrança
da maravilhosa Veneza - Itália -
do teu Bernd apaixonado.
junto Bernd mandou uma poesia infantil: Cavaleiro da Perna
e uma folha de Ginkgo
Por Wolf Kronner, em colaboração com Paula E.
Sunday, April 6, 2014
Resposta 13. Achados na gaveta da mesa de cabeceira de B. Biermann
Mais uma vez tento te encontrar.
No último Novembro, alguns dias antes da invasão, meus pais e eu viemos para Inglaterra.
Esse medo ainda me persegue e fico aliviado que você não tenha vivido aquela noite.
Meu endereço é 189 Ormeley road, SW3456, Londres, UK
Por favor, me escreva!
Com amor,
Seu Bernd"
"Berlin, 16/09/146
Querida Kathe,
Querida Kathe,
Já faz dez anos e uma guerra desde estivemos juntos pela última vez.
Hoje é a primeira vez que eu volto ao solo de Berlim. E penso em você.
Muitas de minhas cartas voltaram e tenho o pressentimento de que este cartão postal também não chegará... Mas espero que seja diferente.
"Querida Kathe,
Ontem fui ao Funkturm. Lá estivemos juntos uma vez no outono de 1935.
Eu ainda me pergunto o que terá acontecido com você. Se tornou médica? Teve filhos?
Talvez... talvez nos encontremos uma vez mais e contemos a história de nossas vidas.
Nesse dia, te entregarei este cartão postal e poderei te contar que, apesar de todas dificuldades, minha vida foi uma boa vida.
Seu, Bernd"
Por P. Ellinger, em colaboração com L. Serino e W. Kronner
Wednesday, March 19, 2014
Resposta 12. 1946
It’s been 7
years since you left. So much has happened. So much has changed. It’s been
several years of war. 7 years of pain. And you left. Sometimes I feel angry
about it. You had the chance of leaving and not going through what we went
through. You were protected, and I am so happy for it. But it is not always
easy to understand. And I know is not easy leaving. But it wasn’t easy staying
either. 7 years, Kathe! I’m a different person. The war changes you in a way
that I never thought it could be possible. It changed my notions of home, of
love and of life. It destroys so much of what you were before. All of those
dreams, all of those plans. Everything then seems so volatile. And you left.
And I stayed. We went through so much.
Bombings, family members and friends dying, people running. I never knew what
happened to you. I tried. I’ve sent letters. And I still send them. And I never
heard from you. Maybe the new life made you well. Maybe you realised that you
had nothing to do with this land anymore. And for those staying remain the
thought of what could have been.
Now the bombings
are over. People are returning. But you have not returned. And whilst the
fighting has stopped, maybe it will take much longer until the war is actually
over. For me.
Photos
by ©Andreas Chasomeris
Text
by Gustavo de Carvalho
Friday, March 14, 2014
Resposta 11. Käethe & Bernd
Envolta
pela bruma que distorcia imagens a se formarem diante dela, a jovem Käethe
viu-se na plataforma de uma estação de trens. Seu coração acelerado sabia que
ali, naquele exato momento, Bernd chegaria para por um fim a tão longa espera.
De onde vinha? Que cidade era aquela? Para onde iriam? Ora, mas que importância
tinha isto? Afinal, o seu Bernd vinha ao seu encontro.
De
súbito, o apito e o ranger das rodas freando nos trilhos. Agora, a plataforma repleta
de pessoas. Gente que, como ela, tinha ido buscar gente que chegava. Lágrimas,
sorrisos e abraços. Käethe procurava Bernd por entre rostos que surgiam e
desapareciam, como se fossem flashs sucessivos e velozes de irreal galeria.
Mas eis que
ele surge a seu lado, como que saído do nada, talvez da névoa... Olharam-se
demoradamente, com a certeza daqueles que se amam. E lágrimas molharam seus
sorrisos. Mas nada disseram. Apenas se jogaram nos braços um do outro, sem
saber do tempo ou do lugar.
E
ganharam a rua, as praças, os parques... E dançaram ao som da música imaginária,
até que se vissem girando numa roda-gigante que os transportou ao topo e de lá
ficaram a apreciar estrelas. Nada, absolutamente nada poderia perturbar tamanha
plenitude. Sem palavras, sem perguntas ou respostas. Nenhum constrangimento no
silêncio que a tudo explicava sem pedir explicações. Silêncio que ampliava o
sentir daquele momento único porque mágico e perfeito.
O
mesmo efeito mágico foi alcança-los a beira de uma praia de águas mansas e
cristalinas, onde galhos de amendoeiras e palmeiras balançavam ao sabor da
brisa soprada ao entardecer. Ali os dois brincaram na areia e se jogaram no
mar, como se ainda fossem crianças travessas, reconciliando seus corpos com a
paz da natureza.
E
caminharam... Caminharam em dimensão e tempo que jamais se exaurem, como se
fora a trilha de uma vida inteira. Assim, passo após passo, viveram tudo o que
a vida porventura lhes tivesse oferecido para ser vivido. E se sentiram
inteiros.
Aplacadas
as ausências prévias, os profundos olhos azuis de Kaëthe procuraram os de seu
amado e os dois se perceberam mais maduros, como que grisalhos, a flutuar numa
bolha com o espectro do arco-iris. Onde estavam, nenhuma chuva, granizo ou neve;
nenhuma seca ou enchente os poderia afetar. Nem calor, nem frio. Nem fome, nem
dor. O desconforto não existia e tudo estava explícito: nunca mais ficariam
separados. Agora exaustos de tantas procuras, se aconchegaram na tranquilidade
da vida que enfim pulsava dentro deles.
Depois,
embriagados de paixão, adormeceram juntos por toda a eternidade.
Por Angela Lucena
Wednesday, February 26, 2014
Resposta 10. A vida alheia de Bernd Biermann em Nova York
Climbing into the Promised Land - arrival at Ellis Island, New York, USA
(by unknown artist)
Photography of Bernd Biermann´s co-refugee Hermann Landshoff:
Firehouse near Brooklyn Bridge, New York (1940)
Firehouse near Brooklyn Bridge, New York (1940)
View of Bernd Biermann´s house - New York, 1939
Bernd Biermann´s dormitory / 1938 - New York - USA
Bernd Biermann´s dormitory detail
Bernd Biermann´s bookshelf in New York, 1939
Painting from Gabriele Münter (member of the "Der Blaue Reiter" = The Blue Rider" - German Artists Movement of the 1920s)
- on Bernd Biermann´s wall in New York, 1939
Por: Wolf Kronner
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